segunda-feira, 11 de abril de 2011

Das coisas boas...

...só consigo pensar que perder as coisas me parece comum. Porém perder meus medos não.Parece que seguro todos eles com as duas mãos próximas ao peito com também,medo,de que eles voem.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Todos vão embora

As coisas boas são reais.Mas as vezes,apenas algumas vezes aparecem na minha frente como flashes de momentos avulsos.Outras vezes,apenas essas outras vezes,consigo montar cada cena e formar o filme completo.Tenho todas as fotos.Tenho todas as memórias intactas escondidas em mim.Vez ou outra,pareço negar tudo... apenas para não sentir novamente mesmo que tudo o que eu mais quisesse fosse reviver todas as coisas,cena por cena... e comigo,isso é possível.Eu posso sentir,tocar.Gosto,aroma,lugares... Existe um epísodio da minha vida no qual eu pensei ser forte o suficiente para me derrubar.E as palavras era como água corrente.Eu podia reclamar,chorar,e contar mil e uma vezes todas as coisas apenas para tentar entender...e eu pensei que isso fosse realmente o máximo que eu poderia chegar no sentido de sentir. Mas como tudo na vida é feito de momentos,e cada um deles é um,exclusivo em si,apenas é. E diferente de qualquer momento,eu não quero dizer nada.Eu não quero reclamar nem chorar para qualquer pessoa.Me fechei dentro de quem eu sou de tal forma que sequer consigo saber exatamente quem eu sou... o que parte minha é realmente minha e o que é meu que antes não era.Cada gesto desconhecido por mim.Uma certa postura que existia adormecida e que agora se manifesta desconhecida. Ninguém pergunta se eu estou bem.Eu estou bem.Ninguém pergunta se algo acontece.Mas acontece.Ninguém diz nada,porque pensam que não há nada a ser dito. De fato não há. Guardo tudo o que me lembro,como se fosse um segredo.De segredo nunca teve nada... nunca terá.Se eu precisasse negar algum ato ou fato,eu com toda a certeza jamais o faria.Não há necessidade para negar ou justificar.Não existe justificativa para algumas coisas que nós sabemos existir. E assim... ainda que agora eu consigo ao menos terminar um texto com um pouco mais de linhas.Ainda não consigo dizer porque exatamente eu estou aqui.Não só diante de uma tela,mas porque eu estou aqui em minha existência.Seria mesmo preciso descobrir que tal força realmente existe ou eu poderia viver eternamente duvidando ainda que mantendo uma esperança e crença que isso tudo pudesse ser real? Apesar de tudo... eu não sabia de verdade que assim eu descobriria a essência da minha maior dúvida.Muito menos que tiraria essa dúvida na prática e menos ainda saberia que o silêncio é muito mais sincero e intenso do que um milhão de palavras ditas a respeito do assunto. Não me importa ( de certa forma) de isso é apenas meu.O que importa mesmo é que É MEU.O que eu sei,o que eu sinto,o que eu então sou e o que eu me tornei. E todos os movimentos que parecem uma dança.Combinam sem sequer terem sido combinados.E eu não preciso dizer nada porque eu sei que sabem.Eu sei que sabem exatamente e não dizem nada justamente por saber que eu não posso dizer nada.E também por não querer ouvir nada é uma razão que me faz não dizer. Não conheci o Inferno.Menos ainda o Paraíso.Conheço um atalho entre os dois lugares onde tudo pode ser apenas seu.Apenas nosso.Apenas meu.Um lugar onde eu não preciso provar nada. E tudo o que eu sinto.O quanto sinto muito.O quando não sinto muito ao mesmo tempo... por achar ainda que não concordando por completo,que seria não melhor,porém mais fácil assim. As pessoas se partem e muitas vezes demoram para juntar os pedaços.E como qualquer coisa partida,é impossivel recuperar a perfeição que era antes.Sempre restará algo que lembrará que aquilo foi partido uma vez.Alguns atos não são esquecidos.Não só por quem os comete mas principalmente pelas pessoas ao redor... que julgam sem sentir. Outras coisas fazemos sem explicação e não há razão para ressentimentos ou culpa ou um julgamento próprio. Repito.Eu sabia que era diferente de tudo.Também ainda que me digam que tudo será diferente de tudo e que outras coisas do gênero eu poderei encontrar. Mas também repito que além de saber que existia algo muito especial nisso.Eu jamais seria capaz de saber o quão profundo poderia ser ao ponto de me calar. Não sei o que seria se fosse diferente.Não penso nisso por não ser uma opção. Eu me lembro de tudo.Até do momento em que uma risada se tornou um pouco triste,o suficiente ao menos para ser notado. Eu poderia ter tudo.Mas não sei exatamente como isso seria possível.Já que acredito ainda,que nada acontece no momento errado e isso não me consola de forma alguma. Nada me consola.Nada me incomoda. Eu apenas sinto e me permito sentir. Não existe nada que vá colar algum pedaço de quem eu sou,porque desse vez eu estou completa.E não só completa,ainda possuo coisas que não eram minhas.Atos que não eram meus estão correndo em meus instintos.Gostos que ficavam escondidos em mim estão se manifestando cada dia mais. Uma transformação para melhor de algo que já foi julgado como não bom. Eu poderia encontrar uma forma... mas não teria coragem de procurar essa forma. Não sei dizer o que é.Por qual razão é assim.Porque isso corre nas minhas veias e acelera meu coração.Menos ainda porque isso me faz tremer.Não sei porque isso me faz parar.Me faz quieta.Me faz estranha aos conhecidos.Me faz outra pessoa,porém,como já disse também e também denovo.Uma pessoa muito melhor... porque não há nada de diferente que já não houvesse dentro de mim adormecido. E assim... É como descobrir uma forma de nos tornar seres completos. Sempre em silêncio.Olhando as estrelas... e a Lua que com toda a certeza hoje,infelizmente,me acompanhará o tempo todo não me fazendo esquecer que eu ainda estou aqui.Eu ainda estou aqui e aqui ainda estarei. A não ser que eu possa voar.

sábado, 2 de abril de 2011

O dia que fui Jane Austen II

"As árvores e os pássaroa deixaram de ser uma inspiração a partir do momento que o céu e as nuvens também não completavam o cenário.E todas aquelas pessoas sem rostos passando ao meu lado.Talvez,ele não fosse nada do que eu pensei que fosse,mas ainda que não fosse de fato,mal jamais me fez,me faria. E cena não se torna viva.Não reconheço nada ao redor e qualquer coisa que seria possível de ser reconhecida me levaria de volta a mesma cena.Nenhuma lugar era o mesmo,nenhum mês no calendário e nenhum ano que poderia então se passar facilmente como apenas uma noite adormecida. A cidade é vazia.Vazia em seu todo e completo. Não havia então razão alguma para sair de casa,se não havia então qualquer esperança de te encontrar na rua." Uma breve forma de adiantar a dor e não senti-la depois.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A vontade de contar...

...sobre tudo o que eu estou pensando e todas as coisas que eu sei que lembrarei demais... ...é forte. Mas eu posso me segurar.