sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Faz frio lá fora

E se eu pudesse estar em outro lugar,faria frio de qualquer forma.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Me condeno

Então a garota corrompida há anos e mantendo isso em segredo novamente fica na ponta dos pés em uma ponte de madeira nem um pouco firma sob um mar de lava. E então assim começa mais uma parte.

Não tem nenhuma flor presa com uma fita decorando meus cabelos,não é nenhuma data comemorativa e eu estou exatamente onde tudo começou: Sentada no meu quarto enquanto amanhece,com as luzes apagadas e o velho computador que registrou mais decadências minhas... talvez,o mesmo teclamo ao menos,que hoje parece mais escandaloso do que uma máquina de escrever.Mas quem se importa?

Há alguns anos eu teria respondi minha questão com um simples "ninguém" no final da frase e sinceramente me pareceria muito mais fácil,é abrir mão do fato de que pessoas gostam de mim e logo,me sinto livre para mais uma queda livre.
Finalmente 10 anos se passaram e quando encontrei uma carta que escrevi aos 15 anos para a "Cynthia com 25" ,que parecia mais uma "tia" projetada no futuro,eu me decepcionei.
Não escrevi que gostaria de ir até a Lua ou que eu estaria casada com filhos para criar. Não escrevi que seria uma grande empresária ou rica de qualquer forma. Não desejei ter ido para Paris. A única coisa que eu realmente escrevi foi um conflito sobre " Não sentir mais o que eu sinto e encontrar a minha voz na vida".

Essa tal aí com 25 anos não deixou de se sentir como se sentia,sinceramente mesmo? Não. Aquela menina ficou longe de mim,isso eu posso garantir. Durante um tempo cheguei a pensar que eu causava todo o estrago nos meus planos por alguma razão estranha,alguma satisfação de me auto sacanear... mas nesse tempo o próprio tempo é escolado em me sacanear,e tudo bem. Sempre esta tudo bem,não? Ninguém gosta de pessoas que reclamam e não fazem nada para mudar. Eu poderia ser essa pessoa que reclamou durante uns 5 anos e se calou mais 5 mas que na voz do bom povo e linda família brasileira "Não se ajuda".

Se eu pudesse,convidaria cada uma dessas pessoas para passarem uma noite com meu cérebro. E então eu ouviria algum conselho barato... mas sério,não importa mais. Foi e esta sendo uma longa estrada labirinto.
As pessoas se vão,eu erro e erro mais uma vez em seguida e nunca quero admitir,mas dessa vez eu juro,eu admito,que eu jamais me perdoaria por uma coisa que talvez,até a própria pessoa não pense sobre,mas eu.. creio que pensa.
Eu me deixaria para trás. Mas isso já havia acontecido.

Agora eu me deixei para trás novamente e garanto para todos os moralistas cheios de razão que fazem de tudo para experimentar uma sensação diferente,seja bebendo ou qualquer outra coisa que tire a razão: EU NASCI SEM A RAZÃO. Nasci em um constante estado de inquietação e em seguida eu tenho longos períodos sem querer acordar,mas acostumei... eu simplesmente acostumei a manter a moral e os bons costumes ou traduzindo: Me acostumei a sorrir e mentir porque ninguém quer a verdade.

Eu não iria querer a verdade... Não,eu iria. Talvez se descobrir diferente seja tão ruim quanto as pessoas te olharem diferente mas nada faz com que isso pare.

Diferente de 10 anos atrás,isso não parece uma cartinha cretina de pseudo suicida,mas sim o momento de maior reflexão dessa existência clichê.
As coisas não mudam quando as forças do universo não colaboram. SIMPLES assim.

Esse ano foi o pior ano da minha vida. Eu perdi tanta coisa,tanta coisa... mas tanta coisa mesmo que não quero bancar a sentimental contando. As pessoas vão embora,bichinhos de estimação vão embora,coisas materiais vão embora,minha boa vontade vai embora...

E eu sempre soube. Cara de pau que sou sempre soube. Que eu só ficaria bem mesmo,quando tudo fosse mais além e eu sempre soube que todas as formas de inspiração sempre estiveram completamente ligadas com a minha sombra ,aquele vazio nos olhos,sabe? Aquela distância ... tudo esta no que eu sou.

E nada esta no que eu sou.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Cherry Cola e má vontade

Parei para pensar e entendi.Simplesmente entendi que alguma coisa muito errada havia acontecido e eu não fazia idéia de onde estive enquanto essa tal "coisa" aconteceu.
Me encontrei em um ponto onde as pessoas queriam saber o que eu estava fazendo,onde eu estava,a razão de todas as minhas ações e principalmente o mais assustador: Por que eu existia,logo,por que eu pensava?

Nunca pensei por esse ponto de vista. Minha existência algumas vezes pareceu tão pesada e ao mesmo tempo uma conclusão extremamente pessoal que jamais poderia imaginar que esse questionamento poderia fazer algum sentido vindo de outra pessoa.

Fechei os olhos e esperei um tempo. Talvez fosse aquele tipo de sonho ruim que você pensa ter acordado mas ainda estava dormindo. Abri os olhos e lógico,previsível que sou,era real.
Mal tive tempo de abrir os olhos e estavam me questionando por ter uma foto ou uma opinião.Mas comecei a respirar novamente e já queriam saber por que eu ainda tinha amigos,como eu não havia afastado todos eles?

E ao mesmo tempo eu percebi que de tanto me justificar,acabei tornando minha existência tão leve,que nem eu mesma sei mais se existo ou não.

(Resumindo tudo)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Copo e Gelo Seco

No Caos deveria viver a perfeição. Ou imperfeita seria a sensação de que o Caos pudesse trazer um pouco de movimento para a ordem que me persegue.
Mas não foi bem assim que aconteceu.

Há algum tempo,eu pensava sobre "o mundo que ainda insiste em girar" enquanto hoje espero dia após dia que o mundo gira cada mais vez rapido até que todos pudessemos sentir vertigens.

Talvez eu apenas tenha perdido a inspiração,mas a mania do "talvez" eu não perco. Os dias passam rápido demais e assim eu não consigo sequer respirar direito.
Tudo bem,vou ser coerente ao menos uma vez depois de tanto tempo.

Eu olho no espelho e vejo mentiras. Meus olhos entregam em cada questão mais profunda do meu ser e isso acaba se tornando insuportável. Mentir para sí,por sí já soa patético. Assumir isso então,é um tanto quanto perdedor.
Eu poderia inventar qualquer coisa para camuflar a dor. Eu poderia apenas ler alguns textos antigos perdidos por aqui e pensar como qualquer pessoa com um pingo de realismo faria: É como qualquer outra vez.Eu vou sentir isso e aquilo e vou dizer que é tudo na minha vida e que bla bla bla..
Mas não é verdade.
Se eu for partir do príncipio de que cada coisa é realmente uma coisa diferente a ser vivida eu seria clichê,como sempre,eu sei.

Todos vivemos em busca de algo e alguém. Queremos um lugar,uma razão,uma pessoa,um movimento qualquer que dê um pouco de sentido para a existência.
Mas quando você encontra algo muito,muito semelhante ao que procurava.E então descobre que esse algo significa para você não uma pessoa.Significa uma pessoa,que dá vida para qualquer lugar que você esteja.Quando essa mesma pessoa faz com que qualquer situação pareça banal para ser lamentada. Quando todos os seus sonhos parecem ter um poder incrível de se realizarem assim... facilmente.
Quando você olha para o lado e por mais que a situação toda não seja lá um exemplo de perfeição,você simplesmente nãao gostaria de estar em outro lugar,não gostaria de ouvir outra vez,de olhar a mesma forma...

Foi então que eu encontrei uma razão para dormir.
E o Caos se tornou a minha maior imperfeição.
E o vazio tomou conta de todos os espaços que poderiam se preencher com qualquer coisa porque qualquer coisa já não é qualquer...

Nada é substituivel. Sinceramente. Superado talvez.

Mas essa cicatriz está longe de se camuflar na minha pele.

E eu continuo contando casos de amor.