quarta-feira, 29 de setembro de 2010

#Love is...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Então um dia...

Depois de procurar mil e uma respostas.Depois de se culpar,culpar os outros.Depois de achar que poderia acabar louco,babando de tanto pensar.Depois de tomar remédios para ânsiedade e achar que a vida foi injusta.Depois de vir em blogs reclamar,e pensar em fechar um blog e pensar em sumir,mas concluir que de sí próprio não tem como sumir.
Depois de se conformar quase não se conformando de que as pessoas possuem memória e odiar profundamente as boas memórias que ainda possuí..

Você olha pela janela..
E simplemente percebe que acordou diferente.
Que não se importa mais...

E agora podemos escrever um novo capítulo.

Enquanto chove

"A música é lenta.
E ainda me parece muito excitante a forma como ele gosta de observar meus movimentos.Como estivesse decorando cada movimento de cada parte minha.E pudesse me cortar em pedaços e perfeitamente me montade denovo.

Olhar obsessivo.
Amor,nada agrassivo.

É apenas impressão..
Uma prévia da maldade,oh... quanta maldade.

E para sempre é o sempre que mantém meu desejo vivo."

sábado, 25 de setembro de 2010

Me dê uma razão

Andando pelo quarto.Como se houvesse uma linha,um limite.Vou até a porta,encosto,a porta parece gelada nas minhas costas,então não fico ali.
Vou até a janela,o vento parece gelado no meu rosto,mas não incomoda,é um prazer sentir o vento.
Sento na cama,escolho uma música,então deito... pensamentos vagos,vontades vagas,talvez eu não me levantasse caso não precisasse apertar o play novamente.Eu poderia ter a música e deixar no repeat...mas não.
Pego o cobertor,sinto sono novamente,me lembro de algumas cenas da minha vida,me questiono porque estive ali,ali também,ou aqui.
Sinto o azul tomar contar de mim...ainda que não faça mais tanta parte assim.

Sexta-Feira pareceu o inferno,mas o inferno mesmo talvez seja esse sábado.Consegue ser mais vazio do que eu.Dormi ele todo,como a chama de uma vela consumindo tosa a cera e derretendo.A cama me chama,mas agora é só preguiça.Preguiça de sair,de ver,de viver,de consumir até.

Brinco com meu cabelo.Abro o armário,acendo a luz,antes.Escolho uma roupa,me arrumo.Fico andando arrumada pelo quarto com a calma alegria de que ninguém irá me internar por falta de noção.Mas ainda esta frio,minhas mãos congeladas,coloco qualquer roupa denovo.Poderia ter sido uma foto boa.Uma demonstração de algo que mataria meu tédio,nada egocentrico.Mas não quero.

Então venho aqui..
Minhas palavras saem soltas... eu não me importo.Não me importo se esta tudo assim.

Só não me diga que eu estou errada.Eu sou.
Muitos dariam tudo para estar no meu lugar...e eu daria tudo para estar em outro lugar.

Outra vida,outro país,outro idioma,outros costumes,outras tragédias para me preocupar.Me ocupar,me interessar,megulhar em outra direção.

O que mais me incomoda,é que onde quer que eu vá,obviamente,eu irei comigo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Café com pólvora

Eu te daria uma boa razão para se importar? enquanto as janelas são quebradas ao redor,todas as janelas apedrejadas... o barulho é enlouquecedor.Mas pinto uma nova paisagem na tela em branco."Siga em frente..." diz a placa em direção ao abismo dentro de mim.Eu preciso evitar cair dentro de mim mesma.E mais ainda evitar que alguém se machuque.

Toda a claridade entrando na casa,todo o barulho de cacos de vidro,eles gritam lá fora,para que eu saia,para que eu saia.Então o silêncio toma conta.Talvez eu esteja morta.Talvez eu já estivesse morta há muito tempo.
Mas eu poderia te dar uma razão para me perdoar... algumas pessoas nascem assim,vazias.E cheias de coisas para contar,cheias de boas coisas para indicar,cheias de boas intenções,quase cansadas de tanto carregar o melhor que pode e distribuir para o mundo.
Mas são vazias.
Sozinhas.
Um preto e branco sem delinear a alma.
Quase turvo,sem foco.

Não sei quem inventou a expressão de estar com o coração nas mãos,com o coração em pedaços.Não sinto nada em meu peito.Apenas uma batida acelerada,inquieta,mas meu estômago sente muito mais.Talvez eu ame pelo estômago e isso nada relacionado á gastronomia.Talvez eu odeie pelo estômago e nada relacionado á comer algo péssimo.

Enquanto minha cabeça gira e gira e gira um pouco mais.A minha sobriedade insana é praticamente a falta de sobriedade que as pessoas procuram em opções alternativas.

E imagino quantas pessoas jovens fizeram muito.Fizeram muito pelos outros,fizeram muitos textos eternos,fotos magnpificas,músicas quase como morfina,porém morreram assim,jovens.

Enquanto eu ainda faço traços vagos na mesma tela ... o que eu quero desenhar? eu me sinto tão cansada de brincar com isso.
Amei muito.
Eu juro.Amei muito.Amei família,amigos,amores,meus bichinhos de estimação,muito mais que estimação,quase ídolos...por sua inocência em questão.O olhar do meu cachorro reprovando algo...

Êu não vou pedir para que alguém me dê uma razão para continuar.Apenas porque todas as vezes que eu quero desistir,como se fosse uma punição pelos meus pensamentos,eu perco alguma coisa que acaba me fazendo ficar.Eu não sei se eu sou o corpo de uma garota andando por aí sem alma.Ou a alma de uma garota vagando por aí... não sem corpo,seria assustador.

Sou um fantasma.Uma sombra.Um ratro.Uma marca.

Mas cansada.Cansada de brincar com meus lápis de cor..e o vermelho e o azul sempre acabam primeiro mesmo eu gostando de pintar tudo de verde.

Eu tento encontrar aquela menina,que conseguia passar de todas as fases em algum jogo de video game.Que sonhava com a próxima chuva de granizo.Que sentia medo quando a mãe demorava mais do que o normal para voltar do mercado ou do banco,e que esperava o pai chegar de bom humor em casa para jogar com ela.
Eu tento encontrar aquela menina,que não soluçava na frente de um computador em público quase em carne viva,completamente exposta.
Ainda queria encontrar aquela menina que sentia medo de assistir Scooby Doo sozinha.Que passava a noite olhando as estrelas na janela.

Mas quando eu quase consigo encontra-la... ela parece procurar algo na vida que eu nunca encontrei.

Então algumas pessoas..

Apenas nascem assim... procurando,quase que o tempo todo,algo que sabem não existir.

Algumas pessoas nascem assim,vazias.
E todas as pessoas nascem sim,sozinhas.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

My guilty is my only crime

Tédio.As vezes eu fico pensando sobre as pessoas que fizeram muito,que estavam fazendo muito de suas vidas de morreram cedo.Enquanto eu fico aqui olhando para um blog e para alguns livros inacabados,de escrever,não de ler.
Passo a mão no rosto e percebo que a maquiagem agora está espalhada como se eu fosse um panda.As vezes é legal viver de conselhos,acordes e fotografias.As vezes eu só queria dar uma volta por aí sem ter lugar ou hora exata...
É como abandonar as coisas que estamos presos.Mas sempre há uma hora para voltar e talvez se eu sinto essa vontade de não voltar,é porque eu estou fazendo muito pouco por mim.
Mas quanto menos faço,mais desisto,mais me canso,mais me afasto.
Sorrindo com a vitória dos mais próximos,e é uma falicidade sincera.
Mas eu ainda deveria pensar seriamente sobre o que estou fazendo comigo.

Você nunca fica brega não?

"Eu já conheço o teu sorriso e leio teu olhar...
Sinto dizer que amo mesmo ta ruim pra disfarçar..
Entre nós dois não cabe mais nenhum segredo alem do que ja combinamos..
No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos
E quando eu falo que já nem quero
A frase fica pelo avesso meio na contra mão
E quando eu digo que eu esqueço,eu não esqueci nada"

Já disse a Ana Carolina...

E ela disse mais

"Eu procurei
Qualquer disculpa pra não te encarar
Pra não dizer denovo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar
Que eu já não to nem ai pra essa conversa
Que a história de nós dois não interessa..."

Ai tem mais

"Que você ja conhece o meu sorriso e lê o meu olhar"

E ai que eu esqueci um monte de acentos mas eu deveria estar dormindo aliás e não abraçando a Ana Carolina praticamente no ultimo bar aberto na cidade.

Acabou né? Chega... tudo tem um limite.

Qualquer coisa eu coloco a culpa no Rivotril.

7:22

sábado, 18 de setembro de 2010

É aquele tipo de amor louco

"Que te faz fazer uma besteira atrás da outra...
Que o orgulho é mais forte e jamais se renderia..
Porque o dia que se rendesse..
O mundo poderia acabar em um dia de sol e estrelas caindo do céu.

Tipo que faz parar o tempo
Faz parecer ilusão no dia seguinte
Corta em mil pedaços a idéia de continuar
Mas queima sériamente só a idéia de esquecer

Assim,quase que insano
Mas na insanidade se camufla um respeito,uma distância
Enquanto amanhece.
Não há sol.Não me convença disso,apenas não há sol
Menos ainda manhãs em que o céu é laranja e rosa.

É como um tour na cidade.
Uma voz que derrama lágrimas.
Um passeio de horas e horas parecendo segundos.
Ainda é onde o céu é mais bonito.

E no fundo dos meus olhos não mora apenas a minha tristeza
Mas a felicidade de outro alguém.
E na mentira que fiz minha vida
Me deito em uma cama de espinhos

Não importa para onde eu vá
Não importa qualquer coisa que eu faça
Afundo a cada dia mais em um sonho profundo,sem sono.
Onde isso termina em mim?
Porque só pode terminar em mim...
Tal como começou."

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Segredos

Eu disse não,hoje não.Estavamos atrasados para a festa.
Ele sorriu.Se sentou na cama e ligou a televisão em um programa qualquer de costas para mim.
De fundo eu escolhia alguma roupa de última hora.Meu cabelo preso com muito sacrificio.
- Você não deveria se preocupar tanto com o cabelo e acabar deixando a roupa para depois - comentou cinicamente com o olhar fixo na tela.
Meu humor era péssimo,e ele parecia adorar os dias em que meu humor era.Péssimo.

Tirei com cuidado a roupa que usava,coloquei rapidamente um vestido preto acompanhado de luvas pretas.

-Agora você se veste como uma viúva que esperou ansiosamente pela morte de seu marido para sua roupa de gala.
Me observava pelo reflexo na tela,ele não estava assistindo nada além das minhas roupas descendo para o chão.E eu sabia,fingindo não perceber.

Aquilo estava ficando insuportável.

Salto alto.Meia 7/8.Tudo pronto.

-Vamos? - eu disse querendo muito que aquela noite terminasse.
-Espera.

Eu se levantou,se aproximou passando uma mão pela minha cintura e outra em meu rosto.Seu beijo borrava minha maquiagem...
-Vamos,insisti.
-Vamos.

Ele soltou meu cabelo,desceu a mão do meu rosto para debaixo do meu vestido.Tentei reclamar meu tempo jogado fora e desfeito em um gesto forte e expressão fechada.

Mas ele me segurava,eu não conseguia me soltar por mais que tentasse.Adorava também quando precisava domar minha má vontade.

Me encostou na parede do quarto,fechando minha boca com a mão que antes me segurava pela cintura.

Eu não podia dizer não,eu não queria dizer não.Mas lutar com ele era uma grande parte do prazer de sua companhia.

Quando sentiu que eu iria ceder e perder a batalha.
Me virou de costas para a parede.
E de uma só vez,preciso e rápido.Sussurou no meu ouvido

Te amo.

E foi a última cena coerente da qual me lembro,antes de perder a festa por uma longa noite em sua pele.Seu toque.Seu cheiro.E sua mania insuportável de conseguir qualquer coisa de mim.

Mas eu dizia.
Sou sua.Faça o que quiser... faça o que quiser.

Não há nada que me faça tirar você de mim essa noite.

TearYouApart


Ainda bem que eu tenho uma subordinada para me lembrar das datas especiais.
O salário esta pago bem demais até .
Muito bem pago...
Com a moeda de mais valor na minha vida..

1 ano e 24 dias que eu odeio você

Só para não esquecer.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

No divã da Cynthia

Eu não conheço o mapa da mente de todas as pessoas,isso parece um tanto quanto óbvio,talvez até eu seria completamente assustadora se eu soubesse exatamente a direção certa para indicar ás pessoas.
Mas na verdade,existe uma coisa muito mais interessante do que dar conselhos e ouvir o que as pessoas muitas vezes precisa dizer.É apenas juntar peças que estão espalhadas durante o que a pessoa conta,e isso você pode sentir,você pode ver no olhar,ou eu posso.I'm so freak.

Eu juro que não escolhi essa vida.Juro que eu só queria ir até a padaria comprar um Halls e não passar 2 horas ouvindo a história de amor de alguém que vive na rua.
Mas tudo começou assim.

Eu estava sentindo a brisa da rua aqui de cima*,quando alguém me chamou de puta intrometida.Lógicamente eu não pensei que era comigo,aliás eu só estava ali refrescando as minhas próprias idéias,então não sobraria tempo para me intrometer na vida daquela mulher,que apenas estava ali do lado com suas coisas na rua.Eu olhei então,mas nem um pouco assustada,tinha muita gente passando,não parecia nada grave.No entanto era realmente comigo mas não deveria ser para mim.A mulher então me olhou,pediu desculpas e disse:
- Tem muita gente que passa aqui na rua me encarando só porque eu vivo assim,eu te confundi com uma moça que passa aqui,desculpa.
-Tudo bem..
-Você me perdoa mesmo? eu juro que confundi você,não queria te ofender
-Tudo bem mesmo - e sorri meio sem graça.
-Sabe,eu queria entender porque a minha vida seguiu esse rumo.Minhas irmãs tem casa,minha familia tem tudo e eu não tenho nada.
- Eu não sei porque essas coisas acontecem..
- Você acredita em alguma coisa? algum Deus?
- Ah.. eu não sei te dizer e não sei no que você acredita,mas eu acredito no que eu vejo... e como vejo.
-Você também vê algumas coisas estranhas?
- Por que? você vê algo?
- Alguem me acompanha,não sei se é um guia ou alguém para me atormentar.

Nesse intervalo de conversa,ela xingava algumas pessoas que passavam e achavam estranho eu ali parada conversando com a mulher e realmente o preconceito estava na cara de todos.
Eu continuei

- Não sei se é um guia,mas você precisa ser menos agressiva com essas pessoas...
-Você esta defendendo eles?
-Não..só acho que talvez eles tenham uma vida vazia,sei lá.
-Eu acho que eles são preconceituosos e tem tudo,me veem aqui sem nada e sente inveja.- Hum..pensei
- Eu acho que talvez essas pessoas tenham carro,mas contas para pagar,maridos,mas não querem chegar em casa porque podem viver um relaconamento fracassado.Todos podem ter tudo e ao mesmo tempo nada.
-É ..você tem razão,mas eu não aceito.
-Enquanto você não ignorar os olhares você não vai conseguir tempo para resolver a sua vida,escolher para onde ir.

Então ela me contou sobre algumas pessoas que de graça resolveram ajuda-la

-Eu acho mesmo que você deve se apegar á essas pessoas que te ajudam, e não ligar para os olhares.

Então ela me disse que era aquariana.Falamos de signo.Ela me recriminou por ser de Virgem.Não sei qual a atração e repulsa entre virgem e aquário,mas sempre rende boas conversas.
Ela me pareceu mais calma.Abriu uma mala que tinha mais livros do que qualquer outra coisa e me mostrou alguns e me contou sobre eles.

Então me contou um romance,com outro andarilho.Era uma história triste sobre ele querer ficar com ela,mas depois mudar de idéia e arrumar outra,mas depois aparecer para ela e a culpa dela era ter dito não.
Me senti na obrigação e muito mais necessidade de compartilhar uma história com ela.Ali,era claro que eramos iguais,certo?
Ela sentiu muito pela minha história e disse que o futuro era interessante.Que talvez acontecesse (essa parte deixa pra lá)
Eu disse que da próxima vez que ela encontrasse com ele,por mais que ela sentisse raiva dele não ser SÓ DELA,não disesse não.Se era tudo o que importava,se ela sonhava com ele dormindo e acordada,se ela queria aquele homem acima de tudo,perderia o que em tê-lo apenas mais uma veez antes que ele voltasse para outra mulher?

A questão é que eu precisava ir embora.Eu já estava atrasada.Fazia mais de uma hora e meia que estavamos conversando sobre religião,pessoas,filosofia,personalidade,signos,amores,a vida.

-Preciso ir..
-A expressão de raiva que ela tinha no começo desapareceu,e ela parou de se preocupar aquele segundo com quem passava.
-Eu queria conversar mais com você...- e um risto triste,um pouco infantil tomou conta daquela mulher..
-Eu também,mas estou atrasada..
-Eu vou pensar sobre as coisas que você me disse,sobre encontrar um caminho para a minha vida,pegar o tempo que eu me irrito com as pessoas para pensar em mim,e quando eu encontrar com ele,lembrarei de você,da sua história e farei o que você me disse,sem orgulho,vou tentar!

Eu fiquei feliz,por pouco uma lágrima não escorre..

- Eu não te conheço,confundi você e você me ouviu e me disse coisas que ninguém nunca havia dito.Me tratou igual,me contou seus problemas... eu não vou esquecer de você Cynthia.
- Nem eu,espero que você deixe mesmo a raiva de lado,sinta as coisas boas,todos estamos fodidos de uma forma ou de outra,essa é a vida,(expliquei o Karma),e espero encontrar um dia vocês dois juntos,me faria feliz.

Ela se despediu de mim,como os olhos brilhando mas com um sorriso de quem sabia que talvez nunca mais voltasse á me encontrar e a única coisa que levaria embora era a imagem de uma garota com o cabelo colorido parada no vento então extremamente frio.
Eu havia saido de regata,estava calor.Depois eu tremia de frio.

As pessoas ainda achavam estranho.Me despedi de uma velha grande nova amiga.Que eu também sabia que talvez jamais voltaria a ver.Eu não tinha nada a oferecer á ela a não ser um Halls e algumas não sabedorias,mas experiencias minhas.

Espero que aquelas duas horas tenham mudado para melhor a vida da M. ,eu não joguei meu tempo fora,foi uma das coisas mais valiosas que eu poderia ter feito.

Isso aconteceu há um mês,pouco menos,mas só contei agora.Não é um conto,é um fato.

E o que mais me tocou foi o fato de que já aconteceu isso antes.Uma vez,um cara parou para contar para... que havia se ferrado com o sócio,a familia abandonado ele,talvez ele soubesse mais sobre Santos do que ..foi uma boa conversa.Mas aquele dia.. aquele dia foi um antes do dia que eu mais me arrependo na vida.Que por mais que nada pudesse ter mudado o rumo das coisas.Eu poderia ter olhado o mar por mais alguns segundos sem meu maldito orgulho.. e sem a dor que eu carrego até hoje.Dessa história.Desse homem,só nós sabemos.

Tell me lover...

domingo, 12 de setembro de 2010

Tudo bem que.

Sinto falta de tudo.

De cada palavra,de cada momento,de cada risada e todas as outras coisas que sém motivo,razão ou data marcada acabei dizendo.Sinto falta também do que não quis assumir que sinto falta,do que seria outra história.

E a falta me acompanha a cada ano.

E?

sábado, 11 de setembro de 2010

Não,eu

Você não pode me machucar agora,somos peças do mesmo jogo,o que acontece com você.Eu posso sentir.
Talvez um adeus seja longo demais por ser curto.Quanto mais você demorar para se despedir,menos você vai querer ir embora.
O que é companhia? simpatia? como eu posso confiar? como você pode me querer? como é sermos amigos?

Uma longa estrada dentro de mim me leva em direção ao nada que ao nada me levei sozinha.


Cansei de criar contos obsessivos de amor.

Acordei chata.
Acordei querendo confusão,garrafa quebrada,tapa na cara e palavras sujas.Mas não,não é sexo selvagem.

Eu pensei que seria muito mais fácil...

Mas não é.

Quantos anos passarão?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Verdade ou Consequência

Um jogo de amor.

Cathy Davey

Da trilha sonora de "O desaparecimento de Alice Creed" (The Disappearance of Alice Creed)



#

Cecília se deitou,como todas as noites.Não querendo sequer olhar para o lado.
Se limitava ao espaço determinado á ser dela,aliás,ocupava menos do que a metade da cama.Ele sempre havia ocupado mais e assim ela se acostumou a se encolher,se encaixar na situação e ali adormecer.
Mas quando ele estava,havia uma razão.Agora ela estava ali,indefesa,completamente encolhida em suas próprias lembranças.
Pensou em tomar sua vida de volta,seu espaço,dormir novamente de braços abertos como se fosse acordar para abraçar o mundo.
Mas ela sentia que ele estava ali.Ela seria capaz de sentir o relevo no lençol,o quente na cama...

Cecília começa a delirar em sua triste realidade.
Se seu ex-marido nunca tivesse encontrado ele em sua cama.
Ele não estaria morto agora.
Seu ex não estaria preso.
Seu casamento pouco importa arruinado..
Mas ela... ela estava ali esperando.
Talvez a morte,depois que ele não mais voltou,para ocupar o espaço da cama no horário de almoço...
Logo Cecília..que jamais se encolheria por alguém...mas.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Enquanto o inverno me abandona

Um dia comum,nada de belo dia,você descobre que conta para todas as pessoas que *ele existiu.Conta até para os amigos que paralelamente possuem em comum,mas que *ele não sabe.Conta para pessoas que provavelmente o conhecerão algum dia e irão pensar:Ahhh...é *ele.
E *ele ainda não saberá porque o olhar.

Talvez seja um erro.
Talvez seja apenas uma admiração que causa sempre uma confusão.

Mas o que importa é que é fato.
E todos deveriam conhecer ...
Porque é simplesmente... muito mais do que qualquer um imagina.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Marina foi viajar

Marina acordou.Naqueles dias que a dor de cabeça fazia com que ela pensasse seriamente no estilo de vida que levava.Não era ressaca,ao menos não de bebidas e qualquer outra coisa do tipo.Era apenas o tempo que ela havia passado na frente do computador,editando fotos,escrevendo poemas,sonhando com as músicas vendo as imagens passarem na tela que não mostrava nada além de ícones.Muitas vezes,ela entrava em seu próprio fundo de tela,se imaginava ali naquela paisagem,fora da realidade tecnológica,apenas uma paisagem de outono.

Sonhava sobre o que sonharia então ali sentada entre as árvores,mas era muito vago,o barulho indicando que seu download estava concluído cortava esse clima pensativo.

Era verdade,apesar de ser triste,que as pessoas admiravam ela por algo que ela jamais saberia em palavras.Não havia nada de especial em sua vida á altura de ser cobiçado,porém sabia que era.Muitas vezes pensou em seus inimigos solitários,aqueles que ela não adiava,mas á odiavam por caridade.Uma vida sem inimizades poderia ser pior,ela se consolava entre uma risada ou outra.
Pensava então nos amigos,aquelas que ela havia chamado de amigos e hoje não passavam de nomes em sua agenda e imagens espalhadas pela casa... mas não se importava.Marina sempre pensou que quando uma pessoa começa a andar em uma estrada paralela á sua,ou apenas pegava o primeiro atalho e desaparecia de sua vida,era algo relacionado ao que chamam de destino.E assim,ela aceitava esse destino sem muito reclamar de suas perdas.

O futuro parecia promissor.Ela era jovem.Jovem de espírito se é que me entendem e isso,não há anos que apaguem,não há nada que pague.Saber viver a cada dia.Mas apesar de pensar isso,de ter seus sonhos escritos em pedaços de papel,ela sabia que a realidade é que ela gostava mesmo de viver atrás de uma tela,e acordar naquela ressaca moderna.

A sociedade diria que Mariana é preguiçosa e que deveria acordar para a vida,já Freud diria que ela não sabia se relacionar com pessoas um pouco mais "reais",mas ela sabia!Socializava até com o Psiquiatra que acaba por contar sua própria vida á ela.Não parecia anti ético... apesar de que ela conseguiu que o Psicólogo também contasse mais sobre ele do que escutasse sobre ela.

O que teria ela para reclamar? quais seriam suas questões em pauta na sessão? Não sofreu abusos em familia nem fora,os pais os amigos e conhecidos á tratavam bem,ela apenas não queria quebrar uma casca,tal como uma bolha que á envolvia carinhosamente em um mundo sem preocupações.

Porém um dia sua própria mente começou a se voltar contra ela.Já não dormia mais,eram pensamentos constantes,não parava mais de escrever,escrevia sua história,escrevia contos,o que gostaria de viver,o que via na vida das pessoas e então sua vida começou a parecer tão menor do que já era.
Ela se acostumou tanto á observar,escutar,relatar isso,que perdeu sua própria identidade.Então começou e tirar fotos de sí mesma.Uma forma de provar que ela era real.

Já não havia muito o que fazer.Sua mente estava inquieta,mas seu corpo calmo.Vez ou outra,sua mente ficava vazia,então ela dormia durante dias...

Eu sei que ainda posso discar um número e conversar com uma menina,agora já uma mulher animada,alegre.Posso encontra-la na rua e ter umas das melhores conversas da minha vida.Posso pedir conselhos,posso contar com ela,posso usá-la como espelho para tudo o que eu gostaria de viver.

Mas no fundo.Poucas pessoas sabem que a vida de Marina vive por um fio.Que ela é tão sozinha,tão vazia,tão cheia de boas intenções que a única coisa que a mantém viva é saber que a morte não é a calma que ela procura.A morte não passa de uma continuação de concertar nossos erros... e há tantos erros que Marina precisa concertar que vale mais ficar viva do que encara-los.
Seria essa a questão em pauta no Psicólogo?
Eu jamais saberia.
Ninguém pode saber..

Porque Marina é assim..
Como o vento.
Como a chuva de verão.

E o que o vento e a chuva de verão causam?

Uma breve porém boa sensação.

E a certeza de que nós deveriamos manter nossos sonhos no altar...

Para não acordar na mesma ressaca que eu... quer dizer,que Marina.