segunda-feira, 30 de maio de 2011

DoceAzia e meus dedos congelados

Então você abre uma página nova para o Youtube só para escutar aquela música que você tem bem ali em uma pasta perdida entre tantos arquivos no desktop.E sabe que é o tipo de pessoa então,que além de ter a tela suja de ícones ainda se adaptou á comodidade de ter mais trabalho em abrir uma página do que um arquivo.Não faz sentido,mas faz...veja bem.

Todas as vezes que me lembro do Doce Azia,me vem a imagem desse monstrinho sorridente no topo da página e todo esse coloridinho feito cuidadosamente pela minha nda ilustre pessoa e sinceramente.Que o inferno são os outros faz sentido.Que o inferno somos nós ( que por uma fatalidade somos os "outros" dos outros,então...) eu percebo que esse visual é tão garotinha-época-drama-queen e me desanima ter que editar um banner novo....e Zzzzzzz não faz sentido novamente e novamente faz.

Então eu vejo que a letra "A" do meu teclado e não "do seu nome" como diria Nando Reis esta riscada e nerd que sou fico um tanto quanto brava por alguns segundos até me conformar de que...whatever..eu não vou mandar trocar o teclado por causa de um risquinho no "A"... Hum..

E volto ao monstrinho sorridente em vermelho.Sinceramente..alguma coisa dentro do meu ser mudou para me incomodar com esse visual quase teen..porém a foto não mudou.Meu cabelo é o mesmo,só a franja que cresceu e me deixou com cara de babacona.Mas existem as tesouras o photoshop.A tesoura para o cabelo.O photoshop,ainda é apenas para o visual novo do blog.

E então amigos e seus milhões de fantasmas me aparecem na mente,sabe,uma invasão praticamente.Não que eu não tenha meus problemas,mas um belo dia eu decidi viver o lado bom das coisas ainda que seja para me foder e não,não troquei meu sofisticado vocabulário prático.Poderia fazer um dicionário...mas aí é baixaria.

A Drama Queen que mora dentro de mim dormiu.Talvez tenha tomado uma over de Rivotril enquanto eu ficava acordada como se tivessem trocado meu calmante por "balinha".E sabe...ela me faz falta.Eu sinto falta dos poemas trágicos.Dos contos comoventes e das pessoas me perguntando ou sequer me perguntando já logo me consolando por apenas uma ficção.
Eu perdi o drama perdi a cama perdi o talento.
Não sei se alguém realmente pode perder o talento,então me questiono se algum dia eu o possui... o talento.

Dos poemas sem vida.
Dos contos inacabados.
Das histórias tediosas...

Me perdi.Oh.

Tudo bem...agora eu fiz o drama a cama e vou produzir algo de qualidade.Ou não..mas se cada pessoa que eu conheço que possuí o mínimo de curiosidade sobre qualquer coisa que eu anote quando estou distraída resolver comprar um patético exemplar de qualquer coisa que eu faça.Já posso pagar o café gelado que me consola todas as madrugadas possíveis.Ainda que me console me congele e me faça ficar estalada olhando para a tela tal como o esquilo do filme "Os Sem Floresta"..

Bem vindos ao novo Doce Azia.Tão doce quanto antes...porém causando nauseas e azia em dobro.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Algumas vezes na vida...

Você acaba substituindo o clichê de "Eu nunca senti isso antes " ou "Eu nunca vivi isso antes" por algo do tipo "ISSO...eu realmente não encontrarei em lugar algum".

Mas de clichê em clihcê caminha a humanindade... com passos rápidos,lentos,alterados e com boa ou má vontade.

domingo, 8 de maio de 2011

O amor é frio

Ele me chama para perto de seu túmulo
E quer saber como eu me sinto
Enquanto me sento no gramado verde
Com uma rosa azul nas mãos.

Ele me chama para perto e pergunta como eu estou
Uma lágrima cai naquela terra
Várias pequenas flores em formato de coração
Uma faca afiada,eu sei

Eu deito olhando o céu cinza
E uma pequena claridade do Sol escondido.Meu rosto
Não consigo sorrir
E ele pergunta: Por que meu amor!?

Eu traí todos ao meu redor por aquele amor
E agora ele esta morto abaixo e abaixo e mais abaixo além
Eu trairia todos de qualquer forma pelo meu amor
Porque de qualquer forma ele estaria abaixo e abaixo e mais além

Ele me chama para perto
Eu não posso dizer não
Ele quer saber quando o encontrarei novamente
O trem parte as 7,meu amor.Partirá as 7 horas da manhã

Mas eu não posso ver o trilho nas sombras
E parece chover desde aquele segundo até então
E eu não posso ver através da neblina
Não consigo encontrar a estação

E ele pergunta: Onde você,meu amor,esta?
E eu sussuro que não encontro a estação
E ele pergunta: Por que você,meu amor,não me encontra?
E eu respondo: Por que ...

Eu trai todos ao meu redor por você,meu amor
E trairia minha própria imagem no espelho
Para encontrá-lo em outra paisagem
Para encontrá-lo em outro pensamento
Mas não em outra pessoa,meu amor

Não em outra pessoa,meu amor
E assim eu trairia todos novamente...
Todos....
Mas não assim,meu amor

Outono

As vezes parece estranho escutar as ondas do mar quebrando na praia,do quintal de casa.É como ter certeza de que se caso uma onda gigante resolvesse passar por aqui,a ilha sumiria de fato.
Não que eu realmente me importe nesse momento.Na verdade eu acredito que eu nunca esteja me importante,mas apenas por uma razão:Quando eu me importo com algo seriamente,eu não demonstro.
E aí começa o caos passando bem longe de qualquer perfeição desejada,fato.

Eu sempre me incomodei bastante com o fato de estar perto das pessoas desejando estar em outro lugar.Ver alguém dormir e desejar profundamente estar com qualquer outra pessoa,ainda que essa pessoa não tivesse um rosto,uma forma que eu pudesse descrever.Talvez até mesmo um personagem das minhas histórias,algo perfeito por ser criado por mim.Com qualidades e defeitos selecionados... me parecia fácil demais fugir de qualquer problema ( dos meus longos namoros e só o que tive até hoje).

Porém...sempre me incomodou mais ainda não consegui demonstrar quando eu me importava com alguma coisa.Parecer a pessoa mais fria em situações que eu deveria ser doce e toda essa coisa de inversão de valores e sentimentos que faz parte da minha cabeça muitas vezes confusa realmente... outras vezes parece confusa,apenas parece.Uma proteção minha que me causa problemas também...mas como estou falando,seriamente não me importa.

Se alguma vez eu me arrependi por não ter demonstrado algo,acreditem,nesse único caso eu poderia ter me arrependido muito mais por demonstrar e por mais que eu me importasse e me importe muito,alguém sempre se machuca em algumas histórias e dessa vez esse alguém não poderia ser eu.Nem o outro lado da questão...então acredito que tenha tudo acontecido muito bem.A não ser conseguir dormir calmamente sem querer estar em outro lugar e descobrir o que é o silêncio acompanhada sem desejar estar perto de outra pessoa e isso,eu confesso... é extremamente assustador independente de qualquer tipo de sentimento em questão.
Tudo o que é novidade assusta um pouco.E isso foi uma novidade séria.Aliás... tudo foi uma novidade séria que me mostrou um lado meu que eu sequer imaginei que pudesse existir...e alguma coisa além de qualquer outra coisa que eu conhecia ou vagamente imaginei ser possível.

A noite esta fria... e eu prefiro pensar que enquanto eu penso nisso não estou pensando de verdade.Algumas coisas apenas aparecem na minha memória me assombrando como um adorável fantasma.

É como se algo dos meus sonhos tivesse se tornado real... e depois,apenas tivesse voltado para meus sonhos.
E isso tudo é uma doce e amarga verdade.Que eu consumo aos poucos para não me deixar ser consumida.

Não.
Não me faz mal.
É intenso mas não me faz mal.

sábado, 7 de maio de 2011

When there is nothing left to burn,
You have to set yourself on fire.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Naquele dia de outono

Mais um dia entre tantos,que pareciam passar rapido demais apenas por ser a estação do ano preferida de Christina,ela estava sentada no jardim,observando atentamente o sol nascer e o tom de azul dominar o céu por completo.Pelo movimento das árvores,ela imaginou que pudesse estar ventando ainda que levemente.Mas ela,apenas ela,não conseguia sentir o vento tocar sua pele.
Durante toda a sua infância ouviu dizer que uma das sensações mais agradáveis na vida era sentir aquela leve brisa da manhã,e em silêncio ela permanecia apenas para não assumir perante todos que não poderia sentir nada.

Todas foram as vezes em que aquela amável senhora que cuidou dela quase a vida toda,preparou seu banho quente e perguntou com calma e preocupação se a água estava na temperatura certa e ela confiou apenas,pois também não sentia o quente ou frio da água.

Christina não se sentia triste por não ter sequer alguma percepção sensorial.Ela apenas não ás conhecia portanto não poderia sentir falta.Não sabia como era a sensação então não poderia desejar ou repelir.Era nulo era neutro era branco e preto.

O problema maior surgiu na verdade com o passar dos anos e o interesse pelo garotos.Por mais interesse que ela pudesse ter,por mais desejado que um beijo fosse,ela... não sentia nada.
Qualquer sensação existente que possa fazer um coração bater mais rápido,ela era incapaz de sentir.

Até que um dia...