sábado, 25 de setembro de 2010

Me dê uma razão

Andando pelo quarto.Como se houvesse uma linha,um limite.Vou até a porta,encosto,a porta parece gelada nas minhas costas,então não fico ali.
Vou até a janela,o vento parece gelado no meu rosto,mas não incomoda,é um prazer sentir o vento.
Sento na cama,escolho uma música,então deito... pensamentos vagos,vontades vagas,talvez eu não me levantasse caso não precisasse apertar o play novamente.Eu poderia ter a música e deixar no repeat...mas não.
Pego o cobertor,sinto sono novamente,me lembro de algumas cenas da minha vida,me questiono porque estive ali,ali também,ou aqui.
Sinto o azul tomar contar de mim...ainda que não faça mais tanta parte assim.

Sexta-Feira pareceu o inferno,mas o inferno mesmo talvez seja esse sábado.Consegue ser mais vazio do que eu.Dormi ele todo,como a chama de uma vela consumindo tosa a cera e derretendo.A cama me chama,mas agora é só preguiça.Preguiça de sair,de ver,de viver,de consumir até.

Brinco com meu cabelo.Abro o armário,acendo a luz,antes.Escolho uma roupa,me arrumo.Fico andando arrumada pelo quarto com a calma alegria de que ninguém irá me internar por falta de noção.Mas ainda esta frio,minhas mãos congeladas,coloco qualquer roupa denovo.Poderia ter sido uma foto boa.Uma demonstração de algo que mataria meu tédio,nada egocentrico.Mas não quero.

Então venho aqui..
Minhas palavras saem soltas... eu não me importo.Não me importo se esta tudo assim.

Só não me diga que eu estou errada.Eu sou.
Muitos dariam tudo para estar no meu lugar...e eu daria tudo para estar em outro lugar.

Outra vida,outro país,outro idioma,outros costumes,outras tragédias para me preocupar.Me ocupar,me interessar,megulhar em outra direção.

O que mais me incomoda,é que onde quer que eu vá,obviamente,eu irei comigo.