Livros,vidas,filmes....

Douleur et désir sont synonymes de mon plaisir

Já pensei que minha vida fosse talvez "Uma história de amor" de W.Somerset Maugham.Pensei outras vezes que eu vivia no pleno inferno de Dante.Algumas outras vezes,me resumi ao pessimismo e Shopenhauer e outras vezes me deixei levar pelas idéias e vocabulário nada refinado de Bukowski.Já me perdi em Crime e Castigo e desejei a morte de Dostoiévski,mas amei novamente.Faz um bom tempo que me apaixonei por Lestat nas obras da Anne Rice,talvez o Armand fosse meu preferido,desde sempre e assim me deixei ler calmamente O vampiro Armand.Charles Morgan me comoveu com A brisa da Manhã.E com mais algumas obras rápidas,livres e total visualização da vida real tal como William Somerset,o meu preferido que sumiu da literatura e é quase um fantasma.
Shakespeare.para ele eu deixaria minha segunda melhor cama.Amor como consequência a morte.Uma forma tão fácil de evitar a dor de amor... parecia confortável.

Já pensei que minha vida fosse representada por filmes.Seriados.Sempre procurei um pouco de mim e contrui calmamente um mapa para me encontrar.Me encontrei claramente em "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" e sinceramente,não sei ainda o que penso sobre.Já me encontrei em Closer,Magnólia,Garota interrompida e percebi que a bipolaridade pode ser apenas uma falta de vontade por coisas que não conseguimos expressar o quanto não queremos.Já me vi em Tentação (We don't Live Here Anymore) e senti muito por algumas pessoas não conseguirem abandonar a comodidade em troca do que mais sentem vontade.Eu fui o oposto do filme.Por isso senti muito.Já me encontrei em Libertino,Constantine,Casanova.Já me encontrei em Orgulho e Preconceito,Razão e Sensibilidade e quase me encontrei na própria Jane Austen.Já me procurei em K-Pax,Um estranho no ninho e até mesmo na série Medium.Já quis ser parte da família Fisher em Six feet Under,chorei e choro no final.Já quis trocar de cabelo facilmente como em Ultra Violet.Já quis também ser tão legal quanto Aeon Flux.Ou quis ser a Alice não do país das maravilhas,mas de Resident Evil.Já fui a Alice da série da HBO.E isso me recorda uma grande amizade que deixei para trás mas nunca realmente abandonada.

No fundo,eu morro mesmo de medo do filme que eu mais amo no mundo.Eu morro de medo de viver como em Antes do Amanhecer com sequência em Antes do Pôr-do-sol.E moro de medo de Diário de uma paixão.