As if...

Talvez eu tenha levado muito á sério minha palavra sobre não me importar.Não que fosse mudar algo realmente... bom.Nunca saberei. As vezes eu sinto como se as pessoas me olhassem como olham para a ponta de um iceberg,frio e perigoso.Algo que não se deve estar muito próximo. Eu não causo danos.Estragos.Não faço marcas. Não me movo também.Fico ali parada...esperando as pessoas passarem ao meu redor enquanto meu pensamento vai muito mais além. Pela primeira vez,meus amigos me acham estranha.Como se eu escondesse um terrível segredo de todos.Como se eu estivesse odiando o mundo,desprezando as pessoas,mantendo distância. Mas não.Eu não escondo segredo algum.Eu só estou preservando... o que eu sinto.Não tenho razões para compartilhar com o mundo.Não tenho razões para sentar com os meus amigos e dizer qualquer coisa que seja porque sinceramente,qualquer coisa dita agora seria ainda assim muito menos.E pela primeira vez,fico devendo expressar em palavras. Não existem palavras para algo desse tipo.Não existe frase que vá me abraçar e deixar qualquer coisa ... fazer com que eu me sinta melhor. Primeiro porque eu não tenho uma razão exata para me sentir mal diante de tantas coisas boas.Segundo que ainda que eu não quisesse necessáriamente sentir o que eu sinto,também não vejo razão alguma para abrir mão disso.Pois é tudo o que eu tenho.. E assim me fecho.Como eu já disse.Pela primeira vez eu não sei o que dizer.Não sei o que reclamar.Não sei ...apenas não sei. Enquanto isso o Caos encontra a Ordem dentro de mim.O inferno em paraíso se transforma não necessáriamente nessa ordem. Apenas porque não há nada próximo á perfeição que eu deseja encontrar. Porque se alguma coisa pode chegar perto de ser perfeito em todas e completas falhas. Eu encontrei. E nisso...me dou o direito completo de me calar.Brincar de ser invisível. E por mais que as pessoas possam estar,indiretamente sofrendo com o meu silêncio e meu sorriso,lógico,de uma boa aparência. Eles sabem... Eu sei... Ele.Não.