quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Ela grita.
Ele ouve.
Ela chora.
Ele abre uma cerveja.
Ela pede.
Ele não faz.
Ela implora.
Ele cede.
Ela dorme.
Ele acorda.
Ele vive.
Ela morre.

Ele brinca.
Ela sorri.
Ele pede.
Ela faz.
Ele reclama.
Ela consola.
Ele pede um pouco de sentimento.
Ela abre a geladeira em busca de mais um copo de Coca Cola.
Ele diz que isso faz mal.
Ela joga na cara o que ele faz que faz mal.
Ele começa a briga.
Ela continua.
Ele pensa que ganhou.
Ela pensa que ganhou.
Os dois perderam minutos que poderiam ter sido bons.Mas não foram

Eles andam pelo bairro.
As pessoas passam ao lado.
Eles tentam encontrar uma solução para suas vidas.
Cada um de seu lado separado.
Eles vivem um dia após o outro.
Mas nada junto nada misturado.
Eles caminham lado a lado.
Mas sempre sozinhos.
Sempre estranhamente acompanhados.
Eles são eles.
Ela é ela.
Ele é ele.

Mas nada como nos romances.

Porque o medo anda junto.
O medo discute junto.
O medo dorme junto.
O medo caminha entre os dois.

Eles?
São dois.
Ela é uma.
Ele é um.
Eles?
Nunca serão um.Mas poderiam ser muito mais do que ELA e ELE.