quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Nada que vá acrescentar algo...

"...há pessoas muito apaixonadas que,não conseguindo ser correspondidas,se contentam com a posse,isto é,com o gozo físico."
Autor: Arthur Schopenhauer
Título: Dores do mundo: a metafísica


Venhos lhes dizer meus leitores,que não quero mais escrever aqui.Venho dizer que não há nada em mim que possa ser compartilhado de uma forma útil,e isso,claro,não quer dizer que algo escrito já tenha sido útil,mas não irei me menosprezar.Preciso dizer que preciso viver.Preciso esquecer que meu corpo possui um funcionamento externo e isso para mim quer dizer apenas: Deixe sua mente em espera e sinta o frio desta noite tocar seu corpo.

Tenho feito coisas demais,porém coisas que não são visíveis ao ponto de me levarem a sério.Você não me levaria a sério,nem ele.Tenho feito tantas coisas que as vezes eu sinto que se eu me sentar aqui e fechar os olhos por alguns minutos não acordarei nunca mais.Porém,tenho mil projetos.

Eu confiei em alguém e esse alguém me decepcionou.E foi a decepção mais profunda dos meus 21 anos.A comigo mesma.Senti que eu não sabia coordenar bem os fatos da vida e é fato,não tenho essa obrogação,existo para isso.O dia que eu souber viver,eu morro.Sou isso,palavra vaga,metáfora,sou toda metáfora,mas de tanto ser assim as pessoas acabam olhando minhas frases descontraídas e minha maneira leve de levar a vida como um aviso de que eu não tenho problemas.Eu tenho... seja lá aceitável ou não,eu tenho.

Citei Schopenhauer no começo do meu ...desabafo,talvez,apenas porque ele via o mundo da forma que eu vejo,assim,bem realista e sem dar muitas voltas.Ele acredito que o amor existe sim,mas que tudo é apenas um ensaio para a procriação.Então eu me lembro do FATO de que os homens podem ter vários filhos no mesmo intervalo de tempo em que a mulher pode gerar apenas um e ciêntificamente foi comprovado que a traição é apenas uma coisa natural.
Eu pessoalmente acredito que tenham sido ciêntistas homens.Mas logo em seguida,não condeno o amor livre e lamento muito não sentir,não me sentir inclusa em tal prática.Algumas pessoas sentem a liberdade,elas amam,elas deixam ir... outras precisam estar.Não é uma questã de mudar de ideal,de se convencer e se adaptar.É um fato.
Eu sou uma pessoa que quero para mim.E sou uma pessoa que quero ser de apenas um.

Por que o assunto chegou a isso? Não sei exatamente,talvez porque eu deveria fazer um comentário (valendo nota) sobre a sociedade e como as pessoas vivem e no final eu acabei ganhando nota por dizer para a professora o seguinte: Você não precisa estar com quem ama,você leva essa pessoa dentro de você,sente ela o tempo todo seja onde for...e então,talvez,possa viver com isso e sem ela.
Ela anotou meu nome,e eu sai da sala.

Porque estava na hora de vir embora e sabe... ia muito passar um filme que eu queria ver.

Eu ainda amo Shakespeare... mas o amor romântico dói mais do que qualquer dor física.E hoje... hoje eu deixo isso para depois.

Mas amanhã,pode ser que eu mude de idéia e volte aqui,falando sobre a terra a água e o ar... e talvez então eu possa descrever o fim de tarde em Santos... enquanto o sol estava disputando espaço com o nublado... e...

..talvez amanhã.