quinta-feira, 22 de julho de 2010

Limpando gavetas (minha mente)

As vezes eu me sinto doente.Não quero sair da cama,não suporto ver gente,evito realmente olhar no espelho.
As vezes eu também percebo que odeio mudanças,não gosto sequer de trocar um livro de seu lugar exato,determinado algum dia qualquer.Mas me pego em uma enorme contradição quando começo a organizar então por títulos e não por tamanhos,quando acho que tal cadeira deveria estar no quarto na esquerda e não na direita.Quando começo a perceber que apesar de odiar mudanças,eu sou o proprio caos que gera essas mudanças.Inclusive na minha vida.

Teve um tempo por aí,jogado mesmo nas minhas lembranças,que da forma como me lembro tudo era bem estável,organizado, eu terminava as coisas que começava,bom... depende, as vezes começo dez mil coisas acreditando que eu irei terminá-las mas acabo por escolher umas 2 ou 3 no máximo.Mas eu estava acreditando mesmo que tudo estava calmo demais,bom demais,cômodo.Eu diria.
Então me deu uns 2 segundos para começar a criar meus montros,exercitar os fantasmas em minha mente e as ilusões de que nada estava certo e de que era preciso mudar.Então causei o caos que girou minha vida em um grau indeterminado e no final eu fiquei confusa.E caí naquela primeira parte sobre me sentir doente.

Na verdade acho que eu não estava doente,apenas me sentindo de lugar algum,de momento algum,como se todo o cenário que eu estava vendo ao meu redor não cabia o "EU" como personagem e por mais que eu tentasse sair disso,eu era o caos dito 2 vezes então.Como eu sairia de quem sou? não encontrei tal solução..nem encontrarei.A partir do momento que eu sair disso,deixarei de ser eu,então deixo isso pra lá e me concentro nos momentos seguintes.

Eu demoro tempo demais para me recuperar de uma queda ( até mesmo as que eu causo por impulso),tempo demais mesmo.Depois que esse tempo todo passa,é como se uma onda de 5 metros de criatividade e vontade estivesse para quebrar em minha cabeça.Não posso nada de volta nem quero,finalmente voltei ao estado normal... mas são tantas coisas que deixei pendentes que me encontro meia noite na frente do computador com tudo o que quero terminar.

Penso o que eu irei fazer com meus textos,poesias e penso mais ainda o que farei das letras de música.Essas tem um destino marcado para sábado agora.. mas a minha curiosidade e o medo de encarar de frente tudo o que é meu me deixa anestesiada.
Por mais que eu queira organizar meus projetos,lembro que minha última queda foi justamente quanto eu estava empolgada e empenhada em terminá-los e fico sem saber se revirar todas essas coisas pode me levar ao mesmo estado melancólico de antes.Acredito que não.

Preciso acreditar que não.
Não posso jogar tudo o que fiz,que acreditei que fiz bem,talvez eu até tenha feito... fora,por medo de quem eu sou.

Mas isso chega a ser um pouco bobo ( foi a palavra mais fraca para mostrar o quão fraco é o sentimento).

As vezes precisamos crescer mais.É diferente da infância em si,é diferente de ver os anos passando,é uma coisa de momento,uma luz que acende do nada e que me faz levantar da cama e viver o mundo de verdade do que o mundo do meu travesseiro.

Mas 13 de setembro,ainda que seja meu aniversário.Continua sendo um dia triste...