domingo, 24 de outubro de 2010

Sou Jane Austen

Escrevo escrevo escrevo porém não necessáriamente vivo
Minha época me permite viver,mas não.
Provavelmente tirando o lado feminista,vou continuar escrevendo.
Talvez daqui uns 14 anos eu consiga publicar meu primeiro romance "I.M."
O cara que eu quero casar,não terá grana para casar comigo.
Morrerá e ainda assim,não ficará comigo.
Morrerei então solteira.
Logo após,melhor,muito após,as pessoas irão questionar se o que eu escrevi era realmente de autoria minha ou se havia alguém me ajudando.
Questionarão minha gramática,meu senso non sense de parágrafos e tudo mais.

Com certeza estarei então me revirando no túmulo,por achar tudo isso um absurdo.
Toda a minha escrita não é baseada em regras que bem conheço tão bem quanto odeio.
Mas sim no que sinto...
Se sinto reticências ou ponto final,é isso e pronto.
Tal como quando sinto parágrafos.
Tal como sinto,as vírgulas.

Agora vejam bem.
14 anos por um romance.Uma vida inteira sem um romance.E ainda terá alguém para duvidar do que eu fiz?

Definitivamente me parece muito familiar.
Me sinto Jane.

Nunca havia associado a minha paixão extrema por Razão e Sensibilidade e Orgulho e Preconceito.

Mas hoje eu entendo.

Vai ver..

Eu sou Jane.

Porém como os tempos mudaram,eu posso livremente mandar enfiar em seus devidos cus quem questionar minha forma de escrita ou a fidelidade em ser tudo meu e não de outro alguém.

Prazer,
Jane Austen do Séc.XXI

Que o inferno acompanhe todos.
Pois me parece bem mais livre que o paraiso...

Bom..em questão de estação de metrô e lotação de balada..realmente me parece.