terça-feira, 8 de junho de 2010

A verdade então...

Ultimamente não há nada de tão doce em minha vida,menos doce menos azia.Essa era a teoria inicial desse blog.
Não que minha vida fosse aquela casinha de doces ainda que existisse uma bruxa com a intenção de me comer e não de uma forma gostosa ( tá..eu tinha parado com as frases infames,mas somos o que somos),mas ao menos, algumas coisas eram doces o suficiente para me dar azia ( já expliquei que doce me dá azia,certo?).

Talvez.. quando há muito doce (coisas boas acontecendo) eu me canso ( a azia) e então faço tudo dar errado por uma questão de sobrevivencia,tal como camuflar na pedrinha quando temos um predador á vista.
Vai ver a felicidade pra minha mente sem razão alguma seja o predador.Se eu for feliz da forma básica como qualquer um no minimo que deseja eu sentirei minha vidinha de contos de fadas afundar em mim mesma.
Não é necessáriamente para fazer sentido,é apenas como acontece.

Já chorei por amor,já chorei pela falta dele ( sempre há amor de sobra no mundo,fato na minha vida,mas nem sempre da pessoa que eu gostaria...fato comprovado na minha vida)
Eu já encarei o fato desse amor aí que eu queria ser um amor,mas não como eu queria então... consta como superado (maybe not).

Já chorei de raiva por familia mas não me lembro de ter chorado por amor.. a frieza do meu ser foi causada pelos fatos da minha infância em relação a família ( 1 ponto para o tio Freud) mas de resto concordo com o livro que exige desculpas do Freud por ter criado tantas teorias.Eu poderia me apegar grandiosamente ás pessoas que nunca me fizeram nada e mandar a merda as que me fizeram ( não fui abusada na infância só pra constar),mas eu prefiro de uma forma quase deliciosa me apegas ao que eu odeio.
Obrigada familia por ser uma bosta.Tanto a familia por parte de pai quanto por parte de mãe.Muito obrigada pelo egoísmo explicíto de alguns e pela crueldade camuflada de outros e não necessariamente na mesma ordem das familias.
A do meu pai fez de mim não ser idiota,não cair na história de qualquer um,ser mesquinha ao máximo com as coisas ( eu e eles e não eu e as pessoas). Já a familia da minha mãe me fez acreditar que Ok,as pessoas podem te dar a mão,mas podem te soltar e a queda ser maior do que se ninguém tivesse me dado a mão.

Tudo isso pra mandar um grande Vai tomar no cu... pro filho de uma puta que fez uma chantagem do caralho em relação a uma casa aos pedaços e agradecer imensamento por o desgraçado ainda estar vivo e eu poder mandar ele se foder com todas as letras,e lamentar por minha avó ter ido né.. acontece.

Já do outro lado,não sinto vontade de mandar ninguém ir á merda,alias se eu quisesse nem usaria um blog,já que eles leem mesmo,eu diria na cara,mas desse outro lado eu só sinto muito por ter depositado um pouco de confiança,diferente do outro lado que eu já nem isso fiz porque sei que não valeria de nada.

Agora como filha única só tenho a declarar que me resta um Pai e uma Mãe.Assim em letra maipuscula.Não sei até que ponto o pai é um pai e a mãe passa dos limites em ser mãe demais.Mas é o que eu tenho.. do resto não sobre muito.

Se pai morre e mãe morre.Acredito plenamente que não vá me sobrar nada além de algumas contas para pagar de alguns bens materias que aí então já não terão tanto valor assim.. afinal estarei sozinha.
Posso ter mil namorados e mil parentes ( tambem não necessariamente ao pé da letra)... mas ainda assim sem esses dois estaria sozinha sem laços mais fortes.
Acredito que depois dos pais viriam os irmãos,prefiro meus amigos á ter irmãos se for ver o lado de irmãos de pai e mãe.Nesse caos (opa,caso) prefiro mesmo não os ter.

Na hora de segurar os pepinos e as bengas (bengalas) um irmão ia ser o maior apoio.Ou a maior tortura.

Mas antes que alguém termine de ler isso com pena do meu ser,não sinta pena de mim nem vontade de me abraçar.

Se eu fiz da minha vida aos 22 anos um caos,a culpa é toda minha.Da mesma forma que eu posso chegar aos 30 e ler isso como se fosse uma reclamação de uma garotinha de 15.Pra mim sinceramente não faz diferença...a partir do momento que cada um sabe de suas dores e eu já não julgo as dos outros para não desenterrarem e julgarem as minhas como certas ou não.

Não digo que minha vida é ruim.Eu fiz e faço dela algo ruim.
Não digo que as pessoas ao meu redor são más para mim,elas apenas não entendem o desconhecido em mim que nem eu entendo,e apesar de tudo respeito.

Não sei se quero chegar aos 30 e ter uma familia,ou então me enfiar no trabalho,ou então morar com amigos e viver a mesma vida desses 22.

Só sei que no final disso eu não quero viver a mesma vida dos 22.Mas eu quero tudo ou nada,eu sou o caos em forma de uma pessoa e admito isso não com ogulho,afinal ja disse estar enfiando a minha vida no cu ( não..não to gastando uma fortuna em drogas e precisando de uma rehab)

Eu só queria que o dia aparecesse na minha janela me fazendo sentir algo que eu acho que eu não me deixo sentir.

Um pouco de alegria pura tal como morfina.