segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Brutal Fetish

"Você estará lá esperando por mim,nobre cavalheiro?
Quando as luzes se apagarem e não houver ninguém além de mim...
Estará aqui ,gentil amante das noites em claro?
Quando eu estiver de joelhos,no dia dos namorados,com uma arma apontada para minha cabeça?
Será você o que irá me salvar do caos?
Oh...meu doce amargo cavalheiro...
O último humilde criado que me trouxe uma carta,trouxe tragédia.
A carta continha minhas lágrimas vermelhas pelo seu coração ser de outra dama.
Seria verdade,meu caro?
Que não pude desfrutar do tom de suas palavras cortantes,olhando em meus olhos,declarando tal fato?
Talvez tenha sido gentileza.
Gentileza não olhar em meus olhos para declarar teu amor, á outra ...

Mas estarás aqui,tu,meu amargo amante das noites de chuva...
Com a arma apontada para minha cabeça enquanto eu estiver de joelhos...
Será você que irá me tirar novamente da escuridão de meu coração e me levar para a claridade da dor?
A dor que nos mantém vivos?

Não.
Não será.

Minhas mãos atadas pelos lençois brancos de minha cama.
Meu cabelo bagunçado como em todas as manhãs...
E a arma apontada para a minha cabeça...
Enquanto eu estiver de joelhos...
Com um terço nas mãos,procurando algum Deus ...
Qualquer Deus ..que eu não precise me declarar em voz alta...
Pois a mordaça me impede.De rezar.

Não posso rezar...
Não posso implorar as mesmas preces das inocentes senhoras no canto direito da igreja...
Não posso implorar as mesmas preces que ecoam no espaço vago atrás da imagem da "Santa" á qual elas pedem...pedem...pedem...agradecem.
O espaço vago atrás da "Santa"...eu estava brincando...eu juro.=)

Mas ao menos...você sabe,o que ninguém mais sabe sobre mim.
E ao menos eu sei... o que você mandou que me disessem...
Que não é ela quem você ama,apenas.
È ela quem você quer amar."


È apenas um poema...
È?