Então,um casamento...

Meu sábado foi programado para ir ao casamento de uma amiga.(ponto mesmo)
Os problemas então começaram na hora de levantar,devido ao meu horário novamente trocado.Perdi o gosto por acordar cedo depois que perdi... enfim.
Eram 4 e lá vai algumas da tarde e eu estava sonhando com o Fabio Assunção.Nada sério,quer dizer,era sério,ele estava me contando algo seríssimo e ele estava bravo.O que me levou a sonhar com ele é uma incógnita gigantesca na minha cabeça,afinal,sequer novela eu assisto e a última vez que me lembro ( após pensar sobre isso o dia todo) ter visto algo sobre ele foi em uma revista,na banca que fica bem no ponto onde eu pego o ônibus para a faculdade.Enfim,não havia razão aparente.Mas minha mãe me acordou da conversa e como eu estava um pouco dopada,desculpem,ficarei devendo qual era o assunto.
Pensei mil vezes em não levantar.Sábado,chuva,casamento.Mas então a palavra "amizade" e " consideração" pesaram um pouco mais do que meus olhos ( se é que tinha como).Me troquei feito zumbi... e não,eu não estava de vestidinho bonitinho nem salto alto,só para constar.

Cheguei lá meio descrente,mas encontrei meu melhor amigo da época de colégio,coisa que valeu a entrada na igreja,pois me distrai e me esqueci de que eu poderia queimar ao cruzar a linha sagrada.

Lá estava eu, sentada no banco da igreja olhando os desenhos.Haviam alguns brazões muito bonitos que me fizeram sentir uma dor no coração por não ter realmente tatuado o brazão dos Montequio e dos Capuleto.

Tá,vamos para a parte principal I.
A porta começou a se abrir e a noiva estava linda.Foi inevitável minha mente instável me imaginar ali de braço dado com meu pai.Até imaginei que ele choraria ao me ver casar.( Não sei se por me "perder" ou por pena do noivo,é outra dúvida em minha mente).Imaginei como seria meu vestido,o arranjo do meu cabelo,a maquiagem,e que as damas de honra seriam uma melhor amiga minha e uma melhor amiga do então quase marido.Não queria crianças.Não.
A cena estava até que perfeita demais para o meu gosto,literalmente para o meu gosto.Mas faltava um detalhe: O noivo.
Então comecei a pensar sobre o noivo.Confesso,testei várias opções casáveis,vestia um,desistia,vestia outro,o cabelo não estava bom,vestia outro,mas com esse por mais bonito que fosse eu não gostaria de fazer as juras eternas ainda que o eterno seja questionável.
E não,não pensei no Fabio Assunção.

Então fiquei um tanto quanto desanimada ao perceber que o único ali da fake list com quem eu me casaria,era um cara que eu não gostaria MESMO de ver todo empacotado parecendo um pinguim,e odiei a idéia de que eu faria as juras e coisa e tal...eu faria.Logo eu?...faria.
Então naquele senta,levanta,senta,levanta...acabei me perdendo dessa idéia de me casar e comecei a ficar cansada de sentar e levantar.( e tudo bem se você aí pensou algo sujo,porque eu pensei...)

Parte II

Fui para a festa.
As músicas estavam me deixando deprimida.Talvez o problema todo fosse eu,oras.Não tinha alcool no local (além de cerveja) mas a familia havia descolado uma garrafa de Vodca escondida.Pensei: Suco de melância e Vodca seria a conta certa.( mas só se fosse a conta certa para que eu chorasse).Só que as músicas estavam começando a ficar apelativas demais para meu estado abalado então ( que não sei se começou na hora da jura ou do senta e levanta)... e com o suco na mão quase chamando minha amiga para completar o copo...eis que começa a tocar
"Como pode ser...gostar de alguém...e esse tal alguém,não ser seu...".Tá.A Vanessa da Mata me deve essa vaca.Bebi o suco,olhei para minha mãe e disse: Vamos embora,estou com dor de cabeça.

É nessas horas que eu digo: Eu deveria ter ficado na cama,ainda que fosse com o Fabio A. e na maior conversa séria dos últimos tempos.

Agora eu estou preocupada com uma coisa.Eu acho que ele vai morrer.
E agora eu estou preocupada com outra coisa: Eu me rendo.