quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O final é sempre o mesmo

"Não nasci poeta
Não nasci filósofa.
Levo a vida leve,criando drama e dando ênfase á tragédia para evitar o tédio.
Mas por ora eu penso que ninguém nasce poeta,se torna.
Outras oras acho que é realmente algo natural então desvio e pensamento para não me frustrar.
E com a dinâmica da vida ,você aprimora o olhar para tal foco que lhe interesse. Então aí está a segunda parte da história que dá esperança.Poesia é que nem fotografia,uma questão de visão e expressão.2 pessoas tirando foto da mesma cena,saem fotos diferentes...e aí vocês já entendem o espírito da coisa toda.
Não sinto emoção por ciência,mas adimiro.Juro.
Não suporto política,e o tanto que me criticam por isso faz com que eu sinta vontade de encher meu copo de Coca Cola e ir ler um livro qualquer (drama,suspense,amor) de algum autor esquecido no tempo.
Ou até mesmo algum autor jamais reconhecido.Disperdício.
Mas pessoas se focam tanto nos problemas do mundo olhando para fora,que sequer percebem que todos os problemas do mundo surgem de dentro.
Morte,pobreza,tristeza,doença.
Eu só pouparei os desastres naturais.Vulcões e furações,eles entram nessa lista.Sinto um imenso fascínio por tais temas,mas sem maldade.
Nasci com uma falta de sensibilidade aparente que muitas vezes também faz com que as pessoas me julguem insensível. E são incontáveis as vezes que parei para pensar e acreditei ser.
E ao falar de amor elas me julgam hipócrita.E dizem: Cynthia,você fala de amor,escreve de amor,mas onde está este amor? que de fora não se vê!
Sou obrigada a me calar.
Isto veio de uma carta que escrevi para toda a minha família mas talvez,provavelmente,nunca seja entregue.
Fala sobre minha ausência.Eu sou ausente,eu sei,sou lunática,já citei.
Observo a Lua todos os dias como se ela não estivesse ali por toda a minha existencia e óbvio,muito além. ( E eu juro que não quis ligar o lunática ao citar a Lua)
Mas não observo o Sol.Ele me queima.Vivo na escuridão porque não machuca,não me faz mal.
E se me sinto feliz me sinto sem inspiração.Me torno a pessoa mais sem sal e monótona do mundo.Então escolho um filme qualquer.
Por um acaso,sempre é Romeo e Julieta,primeiro porque eu choro,segundo por amar Shakespeare e por último,por apenas adorar a última adaptação cinematográfica da obra.
Aquela decoração de anjos no quarto da Julieta,com o ecxtase com desenho de coração oferecido por Mercurio,as camisas floridas que contrastam com o que jamais seria na época.
Amo tanto quanto já citei amar Hamlet.Também na versão recente,onde ele cite o famoso "ser ou não ser eis a questão" enquanto aluga mais de 10 filmes em uma locadora.E filosofa as belas frases de Shakespeare enquanto caminha entre as prateleiras de filmes.
Mas já disse.
Isso veio de uma carta que pensei em escrever,e agora percebi que jamais escrevia assim,tal como está.
Sobre não estar presente e as pessoas me culparem por ser assim,tão assim.
Então me vejo entre uma garrafa de Coca Cola e o amor do mundo.
Sinto muito mas os vícios sempre ganham.
Tal qual o mal da vida real.Pois o bem,tarda.O suficiente para que alguns danos sejam irreparáveis.
Então você se levanta,grita sua vitória e sente a flecha em seu peito.
Uma morte digna.Uma morte de romance.
Porque no final de um romance,existe uma morte.

Mas novamente...
Era uma carta."

Texto acima escrito ontem

E agora,é apenas um suspiro,do que já foi um grito.
É uma vontade quase que sufocante de que ele morra.

E ainda que eu corra o risco de morrer ao mesmo tempo.

Dedico ao Diabo,com toda a dúvida que causo sobre meu possível amor...
...tais palavras.

Tão doces.Tal como eu.